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No dia 3 de julho, o Comitê de Seleção se reuniu na sede da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, em Brasília, para escolher novos relatores e relatoras de direitos humanos da Plataforma Dhesca Brasil.
Ao todo, foram 57 pessoas que se inscreveram no edital público, interessadas em integrar o grupo de relatores nacionais da Plataforma Dhesca Brasil. O Comitê de Seleção foi constituído pela Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Déborah Duprat; pelo presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Leonardo Pinho; pela representante das agências da ONU no Brasil, Raquel Quintanilha (oficial do Programa para Equidade de Gênero, Raça e Etnia); por Benilda Brito, da organização de mulheres negras AMNB, representante das filiadas da Plataforma DHESCA; e pela coordenação executiva da Plataforma: Denise Carreira e Juliane Cintra, da Ação Educativa; Maria Sylvia de Oliveira, do Geledés – Instituto da Mulher Negra; de Melisanda Trentin, da Justiça Global; e de Darci Frigo, da Terra de Direitos.
De acordo com o edital, a seleção contemplaria seis pessoas para integrar o grupo de Relatores DHESCA (Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais) da Plataforma. Devido ao grande número de candidatos – e para atender aos critérios de gênero, raça, região e atuação política – o Comitê ampliou para oito o número de relatores selecionados, sendo quatro pessoas negras e quatro pessoas brancas. As pessoas selecionadas foram:
O Comitê de Seleção também revalidou o mandato de sete ex-relatores nacionais, visando ampliar e fortalecer o Grupo de Relatores e Relatoras DHESCA da Plataforma. São eles: Beatriz Galli, Clóvis Zimmermann, Denise Carreira, Guilherme Zagallo, Lúcia Moraes, Nelson Saule e Orlando Santos Júnior.
A cerimônia de posse dos relatores está prevista para 14 de agosto, a partir das 18h30, na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília/DF.
A IMPORTÂNCIA DAS RELATORIAS
“Os relatores e as missões realizados pela Plataforma Dhesca são fundamentais para a promoção e a garantia de Direitos humanos no Brasil, em especial, nesse momento de Estado de Exceção” afirma Leonardo Pinho, presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
Racismo, Segurança Pública e Violência; Austeridade e Seguridade Social; e Territórios, Atingidos e Meio Ambiente serão os grandes eixos das próximas missões das relatorias, que, ao contemplar a integralidade dos DHESCA’s, deverão abordar, também, as questões de raça e de gênero de forma transversal. Além desses três eixos prioritários, o grupo de relatoras e relatores nacionais também poderá realizar missões de investigação sobre outras agendas e questões emergenciais.
Para a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, a atuação desses especialistas é fundamental para o enfrentamento dos retrocessos no campo dos direitos, sobretudo diante das políticas de austeridade que têm aprofundado as desigualdades no país. “É de suma importância a continuidade do trabalho da Plataforma sobre os efeitos da austeridade nos direitos humanos. A Emenda Constitucional 95 representa um gigantesco retrocesso e a desconstrução das políticas sociais do país”, destaca a Procuradora.
O QUE SÃO AS RELATORIAS DE DIREITOS HUMANOS?
Inspirada nos Relatores Especiais da ONU, a Plataforma DHESCA criou em 2002 as Relatorias de Direitos Humanos. Desde então, mais de cem missões foram realizadas denunciando nacionalmente e internacionalmente violações de direitos humanos, apresentando recomendações ao Estado para garantir a dignidade e proteção das pessoas em situação de violação de direitos e influenciando legislações e o desenho de políticas públicas no país.
As Relatorias têm por objetivo contribuir com a adoção, pelo Brasil, de um padrão de respeito aos direitos humanos, tendo por fundamento a Constituição Federal, o Plano Nacional de Direitos Humanos, os tratados e as convenções e os tratados internacionais de proteção aos direitos humanos ratificados pelo Brasil e as recomendações dos/as Relatores/as da ONU e do Comitê Dhesca.
A função de Relator/a não é remunerada e é exercida por pessoas com grande reconhecimento no campo em que atuam, responsáveis por liderar investigações independentes sobre violações. Desde o início, as Relatoras e os Relatores são eleitos por meio de um edital público, coordenado por um Comitê Interinstitucional composto por agências da ONU, Ministério Público, órgãos nacionais de direitos humanos e redes de sociedade civil.
Fonte: Plataforma DHESCA